Boa tarde, VII turma. Segue abaixo o resumo do que foi a última aula de Educação Ambiental.
Como todos devem saber, nossa última aula ocorreu no "Dia Internacional da Água', até o jornal "O Estado de São Paulo" resolveu entrar na onda (perdoem o trocadilho) e a edição daquele dia saiu azul (o que não coloca como águas passadas seus leves toques tendenciosos, nada apartidários, que é como a imprensa deve ser). Discutiu-se, com o Professor Davis levantando a questão, a importância da seiva do planeta, tanto no aspecto socio-industrial, quanto na esfera biológica. E esse recurso primordial coloca o Brasil no foco de um possível conflito futuro devido a sua escassez. Mudarão o foco da busca pelo petróleo (maquiadas por armas de destruição em massa) e quem sabe os EUA não arrumem alguma desculpa para se apossar da região da Bacia Amazônica, com a ONU fazendo vistas grossas. O discurso mudará, já se sabe. A aparente solidariedade norte-americana terá seus dias contados. Já no aspecto social, bateu-se na tecla da consciência para se evitar o desperdício, e dos efeitos devastadores provocados pelo despejo de lixo e esgoto sanitário nos rios, ou ainda as indústrias que jogam água quente nos rios, alterando sensivelmente toda a biota da região. Por conta disso, a ONU elaborou um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água", muito embora (esperamos que por enquanto) não passe de um belo, porém utópico, documento.
Após isso, teve início as apresentações referentes às montagens que englobavam três pontos de conflito:
. homem versus natureza;
. homem versus objeto e
. o paradigma atomístico-individualista.
Nessas, notou-se que ainda falta experiência da classe em como adequar a metodologia à apresentação (muito embora nós não soubéssemos que uma apresentação à frente da sala iria acontecer). E, como é inerente ao ser humano, as montagens trouxeram múltiplas facetas interpretativas a quem assistia, possibilitando inúmeras conclusões críticas. Por extensão, as montagens lançaram pontos que se estenderam em novos assuntos, fomentando a dinâmica da aula. Dentre os pontos surgidos, destacamos:
. A educomunicação ambiental, onde o Professor Davis comentou a incorporação de um curso com esse nome na Universidade de São Paulo. E, a partir dessa introdutória, formamos as seguintes opiniões, incipientes, óbvio: cabe à educomunicação ambiental, de forma sintética, investigar os fundamentos desse campo, discutir as inter-relações dos vários tipos de saberes que se fundem na Educação e na Comunicação, e que constitui os principais objetivos teóricos desse novo campo. O que sentem e pensam as pessoas de si mesmas, dos outros e do mundo que as rodeia, não importando
idade, sexo, credo ou condição social.
. A possível leitura do preconceito, pela visão esteriotipada do "que é diferente". Citou-se as cotas raciais, os projetos de lei que a própria comunidade GLBTT defende, sem perceber que estes só acentuam o preconceito.
. A luta das feministas, do ser feminino. Feminismo esse que possibilitou, entre outras coisas, a admissão do voto das mulheres, e nasceu no bojo de uma reação coletiva contra a misoginia (aversão ao feminino) e a opressão histórica para com as mulheres. E a afirmação gradativa das mulheres à sociedade foi discutida.
. A domesticação de animais, assunto incorporado à aula via lembrança do "acidente" ocorrido em um parque aquático nos EUA, que culminou com a morte de uma adestradora por um espécime de Orcinus orca. Animal este que embora possuísse um histórico de comportamento que lhe é natural (visto as condições nada agradáveis e naturais em que se encontrava), foi mantida no "elenco" do show. A conversa se estendeu e houve muitas participações ativas na discussão. A ideia de que a domesticação é pegar para si a função de provedor das condições essenciais para que uma determinada espécie sobreviva, o aspecto cultural de ser ter um bichinho de estimação e o infeliz fato de o ser humano ainda tratar os animais como desprovidos da necessidade de respeito foram citados.
E foi assim que a aula trasncorreu. Alguns assuntos paralelos reforçaram os tópicos já citados, o que confere possibilidade de amarrarmos uns aos outros e assim, plantar a possibilidade de regarmos o senso crítico e o espírito contestador, tão em falta no ambiente universitário em que nos encontramos.
Bom, esse foi o nosso resumo da última aula. Tomamos o cuidado de não parecermos deterministas em alguns pontos, mas a imparcialidade é difícil quando a escrita é livre e quando não temos que tomar cuidado com a chance de ser amassada a nossa opinião.
Grandes abraços e até a próxima,
Rodolfo Probst (Margarida) & Renê Gonçalves (Paralho).
sábado, 27 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
uau! De "resumo" não tem nada! hehe Foi uma resenha praticamente, muito bem elaborada. Mandaram bem, meninos! Até demais! Ficarei com vergonha de postar meu resumo agora...
ResponderExcluirPS: vale lembrar que o segundo tópico era Sujeito x Objeto, e a interpretação do texto é que levou à conclusão de esse "sujeito" ser o Homem. O Homem que domina a Natureza como sujeito, imponente, superior, pondo a Natureza como morta, dominante, alcançável e manipulável.
Muito obrigado, Mari! Que bom que gostou.
ResponderExcluirE bela observação! Realmente, acabei postando o "Homem" no lugar do "Sujeito", via extensão do termo. Não fosse você, teria passado em branco!